sábado, 25 de dezembro de 2010

O Messias Nasce em Belém




Época bonita do ano essa, já dizia um Amigo! E bonita também são as descrições que marcaram nosso calendário em Antes e Depois de Cristo. 

"Eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, ia à frente deles até parar sobre o lugar onde estava o menino. Vendo a estrela encheram-se de grande alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, caindo por terra, o adoraram. Abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes, ouro, incenso e mirra." Mateus 2, 9-11 

Já Lucas, não conheceu Jesus, e buscou sua história através de Maria. E a parte de seu nascimento é a mais rica dos evangelhos.
"Envolveu em panos e o deitou numa majedoura, por não haver lugar na hospedaria. (...) Disse-lhes o anjo: "Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que é para todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor, na cidade de Davi. Este será o sinal: encontrareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura" Imediatamente juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus dizendo: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados"

João era o apóstolo mais amado, como ele mesmo se considerava. É o evangelho mais doce, mais sensível e mais inspirador.

"No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. No princípio estava ele com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sem ele nada se fez de tudo que foi feito. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas mas as trevas não a compreenderam. (...) Ele estava no mundo, e por ele o mundo foi feito, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu mas os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam, deu-lhes o poder de virem a ser filhos de Deus. (...) E o Verbo se fez carne e armou tenda entre nós; vimos sua glória, a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade."

Que no dia de hoje e sempre, possamos voltar nossos pensamentos para o espírito! Que possamos refletir e sentir a esperança que Ele nos traz! Que os ensinamentos tão simples do Mestre, como foi seu nascimento e sua vida, estejam presentes em nossos atos, cada dia mais!

Esse é meu desejo mais profundo de Feliz Natal para todos os Homens de Boa Vontade!!! Feliz Natal Amigos!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

João que amava Maria que amava José – Amores Flutuantes


Hoje eu vou contar a história da Maria. Ela buscava o Amor e se apaixonou por José que fez uma história linda que parecia filme de Hollywood, mas que morava há mais de dez mil quilômetros pra lá dos Oceanos.  E como essa história conta sobre os amores flutuantes do mundo contemporâneo, José se apaixonou por Isabel e contou pra Maria que terminou com José que brigou com Isabel. Mas como José e Isabel estão bem pra lá do fim do mundo e essa história é da Maria, vou contar o que aconteceu depois. Maria encontrou com o Zé Mané que ela já conhecia de vista e ele dava uns beijinhos que deixava Maria contente, mas as coisas ficaram só flutuando nos beijinhos e Maria flertou com Benedito que pegou Maria com força e ela ficou feliz. O problema dessa parte da história flutuante é que Benedito era amasiado com Tiana e isso fez Maria lembrar do José e da Isabel e aí ela ficou triste de novo e a flutuação parou por aí. Então Maria esbarrou de novo com o Zé Mané que não foi mais tão Mané e mesmo assim não agradou Maria. E eis que surge nesse romance flutuante o primo Rico que é antigo na história de Maria, de antes até de ela pensar em buscar o Amor e o primo Rico se declarou para Maria. Mas Maria calejada que nem gato escaldado que tem medo de água fria ficou só observando. E percebeu que o primo Rico viajou e nem ligou e como estava tudo muito flutuante mesmo, encontrou no meio da noite com o Benedito que não perdia a oportunidade de pegar Maria com força. Só que no dia seguinte o primo Rico ligou todo apaixonado mas Maria teve vergonha de tanta flutuação. Então Maria voltou a observar o primo Rico, mas de longe, e depois de um tempo se perguntou: “Porque não?” mais uma vez. Maria estava pensando em uma ação para sair da observação e quem sabe vir a conjugar o verbo Amar. Apesar de tanta flutuação Maria esta treinando prender a respiração porque ela já percebeu que na superfície não esta o Amor. Provavelmente esteja mais profundo e Maria só quer dar um mergulho para o Amor. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez



Nenhuma resenha poderá te trazer tamanho deleite como a própria leitura da obra. Macondo é o nome da cidade criada e destruída. Local de natureza exuberante onde personagens incríveis vivem. Em cem anos a história de uma família - os Buendía. Tantos personagens, com os mesmos poucos nomes. Entretanto descritos com tanta profundidade que é impossível esquecê-los. Úrsula, Aureliano, José Arcadio, Amaranta, Rebeca, Remedios e as combinações entre esses nomes... Mas não só os Buendías fazem essa história e temos Pilar Terneira (que tinha perdido na espera a força das coxas, a dureza dos seios, o hábito da ternura; mas conservava intacta a loucura do coração), Pietro Crespi, Melquíades (que alcançou a imortalidade), Gerineldo Márquez, Santa Sofia de Piedad, Fernanda, e tantos outros que se invadem, envolvem e arrastam nesses cem anos.
Situações cotidianas triviais, sentimentos atormentados e condições políticas que bem mostram as condições humanas em qualquer época da história. Como os três mil mortos na estação por causa da greve na companhia bananeira, levados pelo trem na escuridão e jogados ao mar. Mas na cidade se dizia “desde a época do Coronel Aureliano que não acontece nada em Macondo”.  As trinta e duas revoluções armadas perdidas, os advogados de paletó e chapéu, o quanto não se pode imaginar que era mais fácil começar uma guerra que terminá-la, e como sempre é tarde quando se descobre os privilégios da simplicidade, a confusão natural entre as guerras internas e as externas, das lutas por ideais abstratos ou circunstâncias políticas e a luta pela própria libertação.
Algumas situações são difíceis de entender na realidade, mas devem ter algum sentido em outra dimensão: a peste da insônia, os dezessete filhos do Coronel Aureliano de dezessete mulheres diferentes, identificados misteriosamente por uma cruz de cinzas na testa e exterminados um por um em uma só noite.  Remedios, a Bela que ascendeu aos céus, as borboletas amarelas que acompanhavam Mauricio Babilonia... A chuva de quatro anos, onze meses e dois dias onde os peixes poderiam entrar pelas portas e sair pelas janelas, navegando no ar!
Gabriel Garcia Marquez consegue marcar pensamentos e corações!