domingo, 27 de janeiro de 2013

Quando meu irmão chegou...



De tantas histórias da infância, não tenho certeza se algumas realmente aconteceram... Mas existe uma imagem que eu sempre me lembro. O dia em que meu irmão chegou!

Eu tinha 4 anos, e me lembro da ansiedade de saber que a mamãe tinha ido para o hospital. Todas as mães deveriam ser proibidas de ir ao hospital! Mas era um bom motivo! Meu irmão estava chegando. Eu não me lembro dos sons, nem do que falavam, ou se riam... Eu me lembro do cheiro de rosas, do buquê de rosas vermelhas que a mamãe segurava em um dos braços... No outro braço o menino mais branco que eu já tinha visto! O chão da sala verde contraste com as rosas vermelhas... A estante de vidros atrás da mãe e o menino branco de olhos azuis... Acho que foi a primeira vez que senti o Amor!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Assombro



Ouvi falar que eu assusto
Fui procurar entender isso
Será que sou um assombro?

Perguntei ao Google
Como pode uma coisa dessas?
Ele me apresentou alguns poetas:

“Muitos hão-de julgar que a minha amada será um raro assombro de beleza.”  Francisco Joaquim Bringue

“O verdadeiro amor é um calafrio doce, um susto sem perigos.” João Guimarães Rosa

“Agora eu conheço esse grande susto de estar viva, tendo como único amparo exatamente o desamparo de estar viva.” Clarice Lispector

“O melhor do susto é esperar por ele.” Mario Quintana

“O que faço é tentar pintar com palavras as minhas fantasias diante do assombro que é a vida.” Rubem Alves

Então se sou um susto
Deixe o coração acelerar
Será um assombro?
Viva essa emoção!