quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu sou cheia de intensidades.



Eu sou cheia de intensidades.

Tantas que extravasam. Não é meu cabelo que é liso e fino, mas é o vento da energia do meu desejo que faz com que ele pareça uma nuvem. Não é a cor dos meus olhos que é bela, porque entre o verde, o azul e o amarelo não existem comparações. O que se percebe é a força do meu olhar, que como um farol perpassa cada elemento do ambiente e fala do que vê sem som. Eu não falo alto, mas a minha voz tem vontade. Se for necessário chamar a atenção, a mão desce espalmada na mesa, e vendo meus braços finos saberá que não é força muscular. Não é minha memória que é muito boa, mas tenho o máximo de atenção às palavras ouvidas e ditas.

Eu sou tão muito quanto o vazio percebido. Que inunda o espaço e por um instante preenche plenamente. 

Não tem mais ou menos. Não tem água morna. Não tem tempo ameno. Não tem só um pouquinho... Mas me equilibro entre o sim e o não. Entre o fazer ou não fazer. Mas de qualquer forma você saberá claramente o que quero.  Mudo de opinião, mas uma vez clara a razão essa será minha expressão. Observo o céu, o mar, as flores... Posso ser dia ou noite, posso ser calma ou brava, posso ser bela ou com espinhos... E assim sigo existindo!