quarta-feira, 9 de março de 2011

A tristeza


Quando eu era criança – assim conta minha mãe – eu ficava sentadinha no sofá, escutando o disco (naquele tempo era LP mesmo, nada de CD, nem MP3) da Arca de Noé. E quando tocava a música “São Francisco” na voz de Ney Matogrosso, eu chorava muito sentida, e dizia: “- Pobrezinho dele!”



Para falar bem a verdade, não me lembro disso. Então fiquei pensando no que eu me lembro da infância. E eu me lembro de ser triste! Claro, eu brincava, me divertia com amiguinhos, briguei na rua também... E não passei por nada traumatizante que pudesse me marcar como uma criança triste.

O que eu sei, é que essas lembranças são como se fossem momentos de lucidez! De repente, eu percebia que estava viva! Como se eu pudesse me ver por fora do corpo... Uma criança, brincando, ou assistindo uma aula de história, ou recebendo uma nota na prova de matemática... Mas que no fundo, bem lá no fundo, sentia tristeza... Talvez já palpitassem em meu coração perguntas pertinentes a Vida: O que estou fazendo aqui?  Pra que serve tudo isso?

Na infância, eu chorava. Por nada! Ou por nada que pudesse ser visto ou compreendido pelos adultos. E meus pais brigavam comigo...  

Pensando agora, tento entender... E parece um sentimento de absoluto desamparo. Abandono. Vazio!

O que poderá preencher esse vazio? Quantas e quantas pessoas se perdem em caminhos obscuros buscando a plenitude?

Eu não posso dizer que foi difícil para mim, pois me foi ensinado. Mas posso garantir que me esforcei, pois não foi fácil. 

Busquei muitas coisas, que a maioria das pessoas também busca. E nada disso me preencheu! O caminho doentio da tristeza é a depressão. O mal do século! Não cheguei ao ponto de ser diagnosticada... Antes, procurei fazer alguma coisa: Diferente! Única! Criativa!

Achei o trabalho! Primeiro o trabalho comum, profissional. Quase virei workaholic! Logo depois, encontrei um Caminho de estudos, de filosofia, e finalmente de muito trabalho interno. Hoje, posso dizer, que sou Feliz! Não que não tenha problemas, nem tristezas, mas um estado de constantes realizações, uma certeza de estar indo muito bem... 

Hoje acho muito bonita a tristeza que sentia na infância... Foi um primeiro estado de consciência. Um reconhecimento primitivo. Não é por acaso que até hoje a vida de São Francisco me emociona. Um Ser Único, que ficou pleno em Amor, onde nem frio, pobreza ou trevas poderiam tirá-lo do Caminho que ele mesmo escolheu. Admirável exemplo! De fazer chorar... De Alegria!


terça-feira, 1 de março de 2011

Egito, Israel e Itália – Janeiro de 2011

   A realização de um sonho! Uma viagem incrível… penso em escrever sobre isso todos os dias! Mas as palavras ainda não entraram em ação. Talvez, nunca entrem em ordem para descrever emoções tão grandiosas… Muitas histórias, mas a maioria, vocês não acreditariam, ou não dariam importância…  Mas imagina, andar onde andou Jesus Cristo, ir no local de seu nascimento? Navegar sobre o rio sagrado Nilo?  Desde que o mundo é mundo esta lá, sempre oferecendo a vida.  E em Assis? Parece que São Francisco vai virar a esquina cantando Irmão Sol, Irmã Lua... Imagina? É, não dá pra falar... Quem sabe, algumas imagens? Talvez pelas imagens, possam ter uma dimensão, do tamanho de tudo que estou falando. Ou melhor, de tudo que não estou falando. Na verdade, de tudo que não posso falar, e vocês me perdoem, não é porque não quero contar, mas é que não dá, entende? Você pode entender se sentir a solidão que sinto agora. Uma saudade daquela conexão, e em muitos momentos, “lá” está eu de novo. Somente com os Amigos que compartilham do mesmo sentimento, consigo me expressar. E saibam, não é por palavras. Basta o olhar! 

 A Grande Pirâmide no jardim do Mena House

 Pirâmide de Queóps - a grande Pirâmide

 O segredo da Esfinge

 Cairo a noite

 Templo de Luxor

 Rio Nilo

 Mar da Galiléia

 Rio Jordão

 Gruta do Pai Nosso

 Monte das Oliveiras

 Assis
 São Francisco de Assis