Essa noite eu tive um sonho... Que estava fugindo e me
escondendo. Sonhos assim fazem a gente acordar com aquela sensação de sufoco,
de total realidade das emoções vividas em outra dimensão. Eu não me recordo bem
do por que comecei a fugir, mas corria e corria até entrar em uma casa que
estava em reforma. Era uma casa muito grande e bem empoeirada por causa da
reforma, com muitos quartos, salas e antessalas. Em uma delas eu me escondi, e
ficava olhando pelas frestas da porta ou pelo pequeno espaço da janela
semiaberta. Mas eu sabia de quem eu estava fugindo. Um homem forte, alto, bem
bonitão, mas que eu estava morrendo de medo. Medo de morrer, medo de sofrer...
Afinal ele tinha uma cara assim, de terrorista. Um terrorista russo, bonitão,
mas terrorista!
Sonhos assim nos fazem pensar na razão de sentir tais
emoções. Se os sonhos são genuínos, e nos trazem sempre informações de nós
mesmos, o que será que significa isso? Do que estou fugindo? Porque estou me
escondendo? Até quando sobreviver sob os escombros de uma casa em reforma?
Mas o sonho teve um encerramento. O bonitão russo me
encontrou, e eu corri tentando sair da casa. E nessa corrida me deparei com a
“Dona da Casa”, que me reconheceu e me apresentou para o “Cara da Reforma” que
pasmem, era o bonitão russo terrorista! E ao me reconhecerem e me apresentarem,
os dois sorriam e estavam felizes por me receberem naquela “Casa”. Eu ainda
sentia uma vontade danada de sair correndo dali, mas já estava entendendo que as
coisas não são bem como eu estava vendo... Que a expectativa muitas vezes é uma
fantasia e que talvez, quem sabe... Possamos nos conhecer e conviver em Paz!