Às vezes você quer esquecer uma
pessoa... Outras vezes se esforça em lembrar detalhes de uma pessoa.
Independente disso, vez por outra, surge na sua mente uma imagem: e é como se
você estivesse vivendo aquele momento novamente.
Não é você quem escolhe lembrar
ou esquecer. Mas quando acontece, é mágico. Mesmo que você queira esquecer,
você continua vivendo na sua mente aquele momento. Você não consegue parar. E
parece que todo seu corpo responde. Repetindo a experiência nesse estado de
lembrança, permite uma maior percepção das alterações que acontecem no corpo. Eu
percebi que as famosas borboletas no estômago, nada mais são além do
relaxamento do músculo diafragma.
Isso mesmo, ele se solta, relaxa
e com isso o ar é liberado dos pulmões com maior facilidade e velocidade. E sai
o também famoso suspiro. Uma sensação agradável de doar o ar para o meio. Você
não precisa de tanto ar assim, e solta em um suspiro, esperando que aquelas
moléculas que estavam em você possam alcançar o outro, imantadas com seu
desejo.
Mas seu corpo é bobo e faz esse
movimento mesmo distante da outra pessoa. O corpo responde, como se não
existisse a distância, a separação. A imagem no seu cérebro é suficiente para
que seu corpo responda assim. Mas de
onde vem essa imagem? E porque não conseguimos trazer quando queremos ou parar
se não queremos? O que desperta no cérebro todo o desencadeamento desta imagem?
Um cheiro? Um pensamento? Uma palavra? Um gosto? Ou apenas o relaxamento de um
corpo estirado esperando o repouso reconfortante do sono?
O que é a realidade? Eis a
questão!